A importância do tratamento preventivo e interceptativo em ortodontia

 

A importância do tratamento preventivo e interceptativo em ortodontia

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO

2. OBJETIVO

3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Classificação da mal oclusão

3.2 Ortodontia preventiva e Interceptativa

3.2.1 Aparelhos usados na ortodontia preventiva

3.2.2 Aparelhos usados na Ortodontia Interceptativa

3.3 Vantagens e desvantagens da ortodontia preventiva e Interceptativa

4. DISCUSSÃO

5. CONCLUSÃO

6. REFERÊNCIAS

1. INTRODUÇÃO

Na Odontologia a Ortodontia é a especialidade que trata as mal oclusões dentárias, que pode ser aplicada em várias etapas do crescimento e desenvolvimento crânio-facial e nas diferentes dentições; decídua, mista e permanente.

É valioso o conhecimento do profissional de odontologia sobre a oclusão dentaria, tendo consciência dos princípios que possuem uma oclusão normal e ideal para intervir quando necessário. 18

As maloclusões segundo Angle2, são classificadas com a relação entre os primeiros molares permanentes e o alinhamento dos dentes, como referencia à linha de oclusão. É importante o diagnostico prematuro dessas maloclusões para que o tratamento ortodôntico tenha maior chance de sucesso.

As diferentes atuações podem ser divididas de acordo com a fase em que é aplicada seja para prevenir, preventiva, interceptar, Interceptativa ou corrigir, corretiva, tendo uma grande relevância como agente facilitador quando aplicado nas duas primeiras fases (preventiva e Interceptativa) para o tratamento corretivo, podendo também eliminar a sua necessidade no futuro. Quando as técnicas preventivas e interceptativas são aplicadas adequadamente ainda na infância, contribuem para que o paciente tenha um bom desenvolvimento de sua oclusão, evitando o agravamento de condições relacionadas com o crescimento e desenvolvimento ao longo dessa fase.

Antigamente, quando havia uma dificuldade em corrigir discrepâncias esqueléticas graves em crianças, os tratamentos ortodônticos se tornavam muito extensos e complexos, realizava-se a correção da má oclusão apenas na dentição permanente completa, através de compensações ou camuflagem esquelética, e isso deve ser evitado. Atualmente, foi evidenciado, que o tratamento deve ser realizado em duas etapas, por ser mais lógico e de bom senso. Primeiramente controla-se o crescimento do esqueleto facial, melhorando a morfologia geral, para que o posicionamento dentário seja melhorado na segunda fase do tratamento, o corretivo21

A ortodontia preventiva age na prevenção do agravamento de problemas futuros de oclusão, podendo evitar a necessidade de uso de aparelho fixo e extração de dentes permanentes, também é realizado uma abordagem educativa para orientação e retirada de maus hábitos que podem comprometer a oclusão.3

Já a ortodontia Interceptativa é um tratamento imediato numa ocusão de caraterísticas desfavoráveis em desenvolvimento que pode fazer a diferença entre alcançar um resultado satisfatório pela mecânica simples e posteriormente, reduzindo o tempo total de tratamento e proporcionando melhor estabilidade e resultados funcionais e estéticos. 20

2. OBJETIVO

O objetivo desse presente estudo é enfatizar, através de revisão de literatura, a importância do tratamento preventivo e interceptativo em Ortodontia, contribuindo para um bom desenvolvimento da oclusão do paciente em fase de dentição decídua e/ou mista.

3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1. CLASSIFICAÇÃO DA MAL OCLUSÃO

De acordo com a Organização Mundial da Saúde as más oclusões são consideradas como o terceiro maior problema de saúde pública, seguido da cárie e doença periodontal (OMS, 1989).

A má oclusão é o resultado da interação de diversos fatores que afetam um sistema em desenvolvimento, o qual possui seu próprio padrão de crescimento. A compreensão e interpretação dos fatores etiológicos é o primeiro passo rumo à possibilidade de minimizar significativamente a incidência das más oclusões. Os fatores envolvidos são: fatores hereditários; fatores pré-natais, que se dividem em fatores maternos e fatores embrionários e fatores pós-natais que são os intrínsecos e extrínsecos. 2

Angle (1899) classificou a má oclusão, sendo a mais utilizada e compreendida entre os profissionais até os dias atuais. Segundo o autor, que utilizou como referência os primeiros molares permanentes, dividiu-a em três classes: Classe I; Classe II, divisão 1, os incisivos superiores a frente dos inferiores, criando overjet; Classe II divisão 2, somente os incisivos laterais superiores encontram-se à frente dos incisivos inferiores, estando os centrais em uma posição bem verticalizadas e Classe III, essas duas últimas com suas subdivisões direita ou esquerda. ¹

Na classificação de Lisher (1912), acrescenta-se o sufixo “versão” à posição que o dente ocupa na arcada. Assim, temos a seguir as posições que o dente pode assumir: mesioversão (dente mesializado em relação a sua posição normal); distoversão (dente distalizado em relação à sua posição normal); vestibuloversão (dente com a coroa vestibularizada em relação à sua posição normal); linguoversão (dente com a coroa lingualizada em relação à sua posição normal); axiversão (alteração da inclinação do dente em relação ao seu longo eixo); infraversão (dente com a face oclusao ou incisal aquém do plano oclusal); giroversão (dente rotacionado em torno do seu longo eixo). ¹

Lisher também inclui as malformações dos maxilares, introduzindo os termos macrognatia e micrognatia e a classificação dos arcos dentários, introduzindo os termos oclusão (referente a classe I de Angle), disto-oclusão (referente a Classe II de Angle) e oclusão (referente a classe III de Angle). ²

Simon (1922), relacionou os arcos dentários com três planos anatômicos: plano de Frankfurt, sagital mediano e plano orbitário. Permitindo assim uma visão tridimensional da maloclusão, relacionando dentes ou arcos dentários ao esqueleto crânio facial. No plano orbitário utiliza-se como referencia a protração (anteriorização do arco dentário ou parte dele) e retração (deslocamento de um ou mais dentes para posterior); no plano sagital mediano utiliza-se a contração (aproximação de um dente ou segmento de arco) e distração (afastamento em relação ao plano) e no plano horizontal de Frankfurt, a atração (aproximação do plano) e abstração (quando se afastam). ²

Andrews (1972) apresentou as seis chaves da oclusão normal: relação dos molares, angulação das coroas (angulação mesio distal, inclinação vestíbulo lingual), áreas de contato interproximais, conformação dos arcos dentais, ausência de rotações dentais e curva de spee.¹

3.2. ORTODONTIA PREVENTIVA E INTERCEPTATIVA

A ortodontia preventiva visa preservar um adequado desenvolvimento da oclusão ou ainda minimizar possíveis alterações dento-esqueleticas, evitando assim a necessidade do aparelho fixo e extrações de dentes permanentes. 11

Algumas das causas que a ortodontia preventiva pode interferir é: sucção de dedo ou chupeta; dicção em que a língua empurra os dentes durante a fala; ou problemas respiratórios forçando a criança a respirar pela boca.

Nessa fase a colaboração dos responsáveis é de extrema importância para o sucesso do tratamento, uma vez que será preciso remover hábitos ou procurar especialistas.

Segundo o autor (Mc Donald, Avery 1995) a principal técnica da ortodontia preventiva é a manutenção do espaço, utilizando o mantenedor de espaço quando ocorre a perda precoce do dente decíduo, pois o que mantem o dente no correto posicionamento na arcada dentária é o resultado da ação das forças mesial e distal, assim como no sentido oclusal e cervical. Quando ocorre essa perda precoce, os dentes adjacentes e antagonistas tendem a deslocar-se, causando assim a falta de espaço no arco dentário. 12

Dentre as causas mais recorrentes de mal oclusão está a sucção de dedo ou chupeta. Nesse contexto foi pesquisado que esse habito até os 3 ou 4 anos consiste em um mecanismo de suprimento emocional, já que ela é desenvolvida na amamentação, e que não deve sofrer interferências. Contudo a instalação da mal oclusão não depende apenas do costume e sim da duração, frequência e intensidade com que o habito é realizado. 5

Outro estudo evidenciou a sucção como a pratica mais danosa para oclusão e ossos maxilares, por isso deve-se remover o mais precoce possível. Entende-se que muitas vezes o habito de chupar o dedo ou chupeta torna-se um costume por conta de um trauma, ansiedade, frustração ou falta de algo na vida da criança, então, deve-se trabalhar de onde vem a origem do problema que a leva ao hábito para que ela não supra o problema dessa forma. 13

A ortodontia interceptativa consiste em interceptar uma situação anormal já existente, de modo a devolver a oclusão normal. 10

Além disso, também é importante para a preservação do espaço para erupção dos dentes permanentes, para correção da mordida aberta, mordida profunda ou mordida cruzada. 16

A perda precoce de dentes decíduos é bastante frequente e a identificação precoce é muito importante em virtude das possíveis consequências na oclusão quando nenhuma intervenção é realizada. Com a perda precoce dos dentes, pode ocorrer a migração dos dentes adjacentes, extrusão do dente antagonista, diminuindo ou fechando o espaço original. Por isso é necessário a intervenção do ortodontista para fazer a instalação de um dispositivo, chamado mantenedor de espaço, para evitar a movimentação dos outros dentes, dando condição para que a oclusão se desenvolva normalmente. 1

Quando essa perda ocorre nos dentes anteriores, propicia a instalação do habito de deglutição com interposição lingual anterior, queratinização do tecido gengival, retardando a erupção dos permanentes. 28

Para tratar problemas de oclusão precocemente diagnosticado a ortodontia Interceptativa intercede através de aparelhos para fazer a correção do mau desenvolvimento. 8

3.2.1. Aparelhos usados na ortodontia preventiva

  • Mantenedor de espaço

São aparelhos usados na ortodontia preventiva e Interceptativa para preservar o espaço no arco dentário deixado pela perda precoce de um ou mais dentes decíduos. Os mantenedores podem ser fixo ou removíveis.

A função desse dispositivo é manter o espaço requerido; prevenir a extrusão do dente antagonista; não inibir o crescimento e desenvolvimento; não interferir na língua. 22

  • Banda Alça

É um mantenedor de espaço fixo, indicado quando o espaço a ser mantido não for muito extenso, com apenas um dente de suporte. São utilizados em casos de perda precoce de primeiros e segundos molares decíduos. Uma das vantagens citadas para esse dispositivo é de ser de fácil confecção, ajustar-se facilmente às mudanças da dentição e não depende da cooperação do paciente. Dentre as desvantagens, esse tipo de mantenedor não evita a extrusão do dente antagonista e não restabelece a função mastigatória.12

Aparelho Banda Alça

  • Coroa e alça

Este aparelho está apropriado em caso de ausência do primeiro molar decíduo, tanto superior como inferior, quando a coroa do dente pilar necessita de reconstrução extensa ou o dente apresenta tratamento pulpar, existindo a indicação de coroa metálica no mesmo.25 As vantagens e desvantagens são as mesmas do mantenedor banda-alça, porem exige o preparo do dente suporte.33

Aparelho Coroa e Alça

  • Botão de Nance ou Barra Transpalatina

É um mantenedor fixo, utilizado para perdas dentárias múltiplas e/ou bilaterais de elementos decíduos. Ele preserva o espaço deixado pela perda precoce de mais um dente decíduo, ou preserva o espaço livre de Nance disponível no final da dentição mista. As vantagens são que não precisa da colaboração do paciente, é estético e não interfere em funções como deglutição e fonação.13

Aparelho Botão de Nance

  • Distal-shoe

Trata-se de um mantenedor um pouco mais complexo pelo fato da extremidade do metal ser normalmente inserida na linha da gengiva evitando que o espaço se feche. É usado para manter o espaço do segundo molar decíduo perdido precocemente, antes da erupção do primeiro molar permanente e com a presença do primeiro molar decíduo. As principais desvantagens desse tipo de aparelho são: confecção trabalhosa, não impede a extrusão do antagonista, pode provocar uma irritação gengival ou óssea e exige um rígido controle radiográfico para evitar que qualquer alteração na guia de erupção venha mudar a posição do dente permanente.33

  • Mantenedor de espaço removível

É um dispositivo indicado para perdas precoces anteriores e/ou posteriores, uni ou bilaterais. Esse tipo de aparelho precisa ser realizado para pacientes colaboradores, uma vez que o sucesso do procedimento só será cumprido com a colaboração do mesmo. As vantagens são que restaura a oclusão funcional e estética, permite o reembasamento, evita a extrusão dos dentes antagonistas e é de fácil confecção.12

Mantenedor removível com dentes artificiais

3.2.2. Aparelhos usados na Ortodontia Interceptativa

  • Aparelho removível com molas

Tem a finalidade de efetuar o descruzamento unitário dos dentes, através de movimentos no sentido vestíbulo lingual. Também se trata de um aparelho que necessita da colaboração do paciente, como foi dito anteriormente. O uso deve ser continuo, removendo apenas durante as refeições e higienização.12

Aparelho removível com mola digital

  • Placa de Hawley e Placa de Hawley com torno expansor

A placa de Hawley com torno expansor está indicada para o aumento transversal da arcada dental, protrusão dos incisivos e correção das mordidas cruzadas anterior e posterior. Já a placa de Hawley é comum utilizar-se na retenção das novas posições dentarias logo após a terapia ortodôntica ativa ser completa. 33

Placa de Hawley Placa de Hawley com torno expansor

  • Grade palatina

A grade palatina são aparelhos usados para remoção de hábitos bucais deletérios, como a sucção, interposição da língua, consequentemente mordida aberta anterior. Esse aparelho pode ser fixo ou removível. A principal vantagem do fixo é pelo fato do uso em tempo integral, não dependendo da colaboração do paciente, sendo assim geralmente um tratamento mais eficaz. 21

Grade palatina removível

Grade palatina fixa

  • Placa Labio Ativa (PLA) ou Lip Bumper

A função desse dispositivo consiste em impedir o pressionamento incorreto do lábio durante a deglutição, além de liberar a tonicidade tanto do lábio como do músculo do mento.Na ortodontia interceptadora a PLA também pode ser usada como recuperador de espaço dos primeiros molares inferiores permanentes quando estes se inclinam para mesial.5

Placa Labio Ativa (PLA)

  • Quadrihélice

É um aparelho fixo usado para expandir o arco superior, ocorrendo a vestibularização dos dentes e processos alveolares, corrigindo mordida cruzada posterior dentoalveolar, unilateral ou bilateral. Nesse aparelho são incorporador quatro helicoides em sua confecção, podendo escolher qual helicoide se deseja ativar, exercendo mais controle sobre a movimentação.22

Aparelho Quadrihélice

  • Disjuntores

São aparelhos ortopédicos utilizados para realizar o afastamento da sutura médio palatina, expandindo muito rapidamente e o espaço criado na linha mediana fecha com a reposição de osso. Deve-se optar pela expansão rápida da maxila, para atresias esqueléticas. Suas indicações são: mordidas cruzada posterior uni ou bilaterias, atresias maxilares, falta de espaço no arco maxilar e fissuras labiopalatinas.23

Disjuntor palatino Haas

  • Placa de Schwarz

A placa de Schuwarz é um aparelho expansor para o arco inferior. São placas dentomucosuportadas, com retenção mecânica, utilizando-se de um parafuso expansor para aplicação das forças. Esse dispositivo ocorre o aumento das dimensões transversais do arco dentário tanto na região posterior, quanto na região anterior. As indicações são: mordida cruzada unilaterais, mordidas cruzadas posteriores bilaterais com inclinação lingual dos dentes. As desvantagens são: pacientes portadores de cistos, tumores e dentes supranumerários, e em mordida cruzada posterior com inclinação vestibular.8

Aparelho de Schwarz

3.3. VANTAGENS E DESVANTAGENS DA ORTODONTIA PREVENTIVA E INTERCEPTATIVA

  • Vantagens

O tratamento precoce minimiza ou elimina a necessidade de uma medida corretiva na dentadura permanente. A essência desse tratamento implica no aproveitamento do crescimento dos pacientes jovens para favorecer a correção das deformidades dentoesqueléticas. Na dentadura permanente, a insignificância ou nenhuma quantidade de crescimento residual, limitam as ações de tratamento. Além disso, se o tratamento corretivo for necessário, consumirá um período de tempo menor, uma vez que, por ter tido a primeira fase, a quantidade de movimentação dentária requisitada, será menor. 5

Diminuição da necessidade de uma cirurgia ortognática. Em casos de classe II e classe III por deficiência maxilar e de atresias esqueléticas da maxila, quando existiu um tratamento precoce, há possibilidade de descartar a necessidade de uma cirurgia corretiva, quando o paciente passa da fase de crescimento. As vantagens são indiscutíveis não só pelo aspecto financeiro e do risco cirúrgico, mas também, ao aspecto emocional do paciente. Passar pela fase da adolescência com uma deformidade facial à espera da maturação esquelética para a realização da cirurgia ortognática, implica em incômodos psicológicos ao paciente.29

Redução no número de casos com indicação para extração dentária de dentes permanentes. Muitas vezes, na dentadura permanente, o tratamento compensatório de classe II e classe III esqueléticas, necessita de extração dentária de pré-molares superiores e inferiores, respectivamente, para possibilitar a normalização da relação interarcos e do transpasse horizontal e vertical entre os incisivos. Então, o tratamento precoce, agindo na origem do problema que consiste na relação ântero-posterior alterada entre a maxila e a mandíbula, eliminará a necessidade de extrações dentária.29

Diminuição na vulnerabilidade a fratura dos incisivos superiores a fraturas e traumas. Quando mantida durante toda a infância, a má oclusão de classe II divisão 1, protrusão do incisivos superiores, possui maior chances de fraturas e traumas em acidentes e quedas.31

Maior cooperação dos pacientes. Foi constatado que os pacientes mais jovens colaboram e são mais atenciosos do que maioria dos mais velhos que estão passando pela fase da puberdade, principalmente em relação ao uso dos aparelhos extrabucais.21

Benefícios Psicológicos. A estética facial implica significativamente na socialização do ser humano. Pesquisas revelaram que aos 6 anos de idade, a criança já incuteia valores culturais a atratividade física. Aos 8 anos, seus critérios de atratividade podem ser equiparados a de um adulto. Crianças mais belas são mais sociáveis, mais aceitas pelos seus colegas e ainda são consideradas mais inteligentes, o que esta diretamente ligado ao desenvolvimento da auto-estima. Diante disso, é notável a importância do tratamento precoce para a contribuição da auto-imagem da criança em desenvolvimento.30

  • Desvantagens

Dificuldade de prever o rumo do processo de desenvolvimento craniofacial. O tratamento precoce requer do ortodontista uma previsão da morfologia da dentadura permanente, tendo base a dentadura decídua ou mista. Isso requer conhecimento sobre o desenvolvimento da face e da dentição, da pluraridade de eventos genéticos e ambientais que interferem todo o desenvolvimento. Então, a falta de conhecimento, ou a dúvida sobre o andamento do tratamento, pode acabar inibindo o ortodontista de realizar um tratamento precoce.32

Dificuldade no domínio ortopédico dentofacial, quando comparado a biomecânica de movimentação dentária. Os efeitos dos aparelhos ortopédicos baseiam-se na resposta biológica do paciente, já os tradicionais com bráquetes que são usados na dentadura permanente, possibilitam o controle tridimensional do movimento dentário, dando assim, maior domínio aos profissionais pela exatidão matemática.

Maior período cronológico do tratamento. MOYERS, RIOLO diz que o tempo de trabalho do ortodontista é contado de acordo com o tempo que o paciente leva na cadeira do dentista, e não pelo período cronológico do início ao término do tratamento. Então a ortodontia em duas fases, possui menos horas clínicas mas um maior tempo cronológico.21

4. DISCUSSÃO

Angle(1899), classificou a maloclusão em relação aos primeiros molares permanentes. Ele dividiu-a em três classes, classe I, classe II e classe III. Sendo a classe dois, separada em divisão 1, e divisão 2. E a classe III, onde se leva em consideração as divisões 1 e 2 e se acrescenta subdivisão direita e esquerda. Já Lisher(1912) acresecentou o sufixo “versão” à posição em que o dente ocupa na arcada. Porém Simon(1922) relacionou os arcos dentários, com três planos anatômicos: plano de frankfurt, plano sagital mediano e plano orbitário. Dando assim, uma visão tridiemensional a maloclusão. No plano orbitário, utiliza-se como referência a protração e retração, no plano sagital mediano, utiliza-se a contração e distração e no plano de frankfurt, a atração e abstração. No entanto Andrews(1972) apresentou as seis chaves da oclusão normal. Relação dos molares, angulação das coroas, áreas de contato interproximais, conformação dos arcos dentais, ausência de rotações dentais e curva de spee. Mas a classificação dada por Angle é a mais utilizada e compreendida entre os dentistas até os dias atuais.

Mc Donald(1995) relatou que a principal técnica da ortodontia preventiva é a manutenção de espaço, utilizando o mantenedor de espaço quando ocorre a perda precoce de dente decíduo. Já Janson (2013) disse que com a perda precoce dos dentes, pode ocorrer migração dos dentes adjacentes, extrusão do dente antagonista, diminuindo ou fechando o espaço original. Por isso é necessário a intervenção do ortodontista para fazer a instalação de um dispositivo chamado mantenedor de espaço.

Almeida(1999) evidenciou que o hábito de sucção de dedo ou chupeta até 3 ou 4 anos não deve sofrer interferências já que consiste em mecanismo de suprimento emocional pois ela e desenvolvida na amamentação. Por outro lado, Aguiar, Patussi, Areal, Bosco(2005) pesquisaram que é a prática mais danosa para oclusão e ossos maxilares, por isso deve-se remover o hábito mais precoce possível, por mais que o hábito de chupar dedo ou chupeta seja um costume por conta de um trauma, ansiedade, frustração ou falta de algo na vida da criança. Deve-se estudar de onde vem a origem do problema para que ela não supra ele por meio de chupeta ou dedo.

Janson(2013) afirmou que a perda precoce do dentes decíduos pode gerar migração dos dentes adjacentes, extrusão dos dentes antagonista, que gera diminuição ou perda do espaço original. Graber et al.(2012) também afirmou que a função do mantedor de espaço é prevenir a extrusão do elemento antagonista e manter o espaço requerido.

5. CONCLUSÃO

Diante da revisão realizada conclui-se que a ortodontia preventiva e/ou Interceptativa é de suma importância uma vez que ocorrendo esse tratamento precocemente pode eliminar ou diminuir uma necessidade futura de um tratamento corretivo.

De acordo com a revisão de literatura consultada enumeramos os diversos dispositivos ortodônticos preventivos e interceptativos com suas devidas indicações, vantagens e desvantagens, acreditando poder contribuir no sentido de enfatizar a atenção precoce em relação a oclusão do paciente jovem desde da dentição decídua passando pela mista, realçando a sua importância na Ortodontia visando uma melhora do desenvolvimento dessa oclusão precocemente a fim de minimizar as consequências que podem acarretar quando o paciente completar sua dentição permanente, podendo assim até eliminar uma segunda fase; a ortodontia corretiva. Para que esse objetivo seja atingido é necessário a utilização de protocolos de revisões regulares com o profissional de Ortodontia para se ter controle do paciente e se preciso for, atuar no momento oportuno.

6. REFERÊNCIAS

¹ JANSON, Guilherme et al. Introdução à Ortodontia. Editora Artes Médicas Ltda, 2013.

² MOYERS, R. E. Classificação e terminologia da má oclusão. Em: Ortodontia. 4a ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 1991. p.156.

3 CRUZ, Ana Claudia de Oliveira, et al. A importância da ortodontia preventiva e Interceptativa. Revisão de literatura. Fundação universitária a vida cristã, Pintamonhangaba, 2014.

FRAZÃO, Paulo, et al. Prevalência de oclusopatias na dentição decídua e permanente de criança na cidade de São Paulo, Brasil, 1996. Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001.

5 Almeida RR, Daniela GG, Henrique JFC, Almeida MR, Almeida RR. Ortodontia preventiva e interceptadora: Mito ou Realidade? Rev. Dental Press Ortodon. Ortop. Facial. 1999; 4(6):87-108

6 Macedo, A.; Castro, A.; Farias, A.; Pereira, H. Os benefícios da ortodontia preventiva e Interceptativa. Rev. Extensão & Sociedade, v. 1, n. 4, 13 mar. 2012.

7 BARBOSA, Angela Cristina Guimarães. A importância da equipe de atenção básica, junto com o cirurgião dentista, na detecção dos problemas de maloclusão e a indicação do tratamento ortodôntico interceptativo, em São Gonçalo do Rio Abaixo / MG. Trabalho de conclusão de curso (especialização) - Universidade Federal de Minas Gerais, Pompeu, 2014.

FERREIRA, F. V. Ortodontia - Diagnóstico e Planejamento Clínico. Artes Médicas, 2008.

FILHO, Omar Gabriel da Silva et al. Ortodontia Interceptativa: protocolo de tratamento em duas fases. Editora Artes Medicas Ltda. 2013

10 Lopes-Monteiro S, Gonçalves M da CN, Nojima LI. Ortodontia preventiva x ortodontia interceptativa: indicações e limitações. J Bras Ortodon Ortop Facial 2003; 8(47):390-7.

11 Zere E, Chaudhari PK, Sharan J, et al. Developing Class III malocclusions: challenges and solutions. Clin Cosmet Investig Dent. 2018;10:99-116

12 McDonald RE, Avery DR. Odontopediatria. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1995. 608p.

13 Moresca CA, Feres NA. Hábitos viciosos bucais. In: Petrelli E.Ortodontia para fonoaudiologia. Curitiba: Lovise; 1992. p.163-76.

14  Degan VV, Boni RC, Almeida RC. Idade adequada para remoção de chupeta e/ou mamadeira, na faixa etária de 4 a 6 anos. J Orthop Orthod Pediatr Dent. 2001;3:5-16.

15 Aguiar KF, Patussi EG, Areal R, Bosco VL. Remoção de hábitos de sucção não-nutritiva: integração da odontopediatria, psicologia e família. Arq Odontol. 2005;41(4):353-66.

16 Jaeger. O que é a ortodontia Interceptativa? [www.drjaeger.com.br]; 25 de agosto de 2017 [09 de maio de 2019]. http://drjaeger.com.br/2017/08/25/ortodontia-interceptativa/

17 Clinic, M. Ortodontia Interceptativa.[www.atlasdasaude.pt] Criações Digitais, Lda.; 02 de dezembro de 2013 [09 de maio de 2019]; https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/ortodontia-interceptiva

18 FONSECA, C. T. A. Aspectos clínicos do ajuste oclusal na dentição natural. 2015. Monografia (Especialização) - Faculdade de Odontologia, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2015.

19 ALVES, M. R. et al. Recuperação da dimensão vertical por meio de terapia com aparelho oclusal plano duplo. Rev. Bras. Odontol, Rio de Janeiro, v.65, n. 2, p. 220- 223, jul/dez. 2008.

20 Richardson A. “Interceptive Orthodontics” 2 nd edition, London. British Dental Journal 1989. 48-50p.

21 MOYERS, R.E.; RIOLO, M.L. Tratamento precoce. In: MOYERS, R.E. Ortodontia. 4.ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1991. Cap.15, p.292-368.

22 GRABER, L.W.; VANARSDALL, Jr., R.L.; VIG, K.W.L. Ortodontia: Princípios e Técnicas Atuais. 5a Edição. Rio de Janeiro: Mosby Elsevier, 2012. 1092p.

23 1994;28(1):34-9. 9. Capelozza Filho L, Reis SAB, Cardoso Neto J. Uma variação no desenho do aparelho expansor rápido da maxila no tratamento da dentadura decídua ou mista precoce. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 1999 jul-ago;4(1):69-74.

24 Capelozza Filho L, Mazzotini R. Um recurso clínico: substituição do parafuso expansor em meio à expansão ortopédica da maxila. Ortodontia. 1981;14(3):211-20.

25 Alencar C, Cavalcanti A, Bezerra P. Perda precoce de dentes decíduos: Etiologia, epidemiologia e consequências ortodônticas. Biol Health Sci. 2007;13(1/2):29-37.

26 Mendoza A. Mantenimiento del espacio. In: Boj JR. et al. Odontopediatria. Masson, 2004. p. 227-239.

27 Ogliari R. F. Relação entre hábitos bucais e má-oclusão. 1997. Monografia (especialização). Florianópolis, novembro de 1997.

28 Cavalcanti R. V. A. Más oclusões X alterações oromiofuncionais. 1999. Monografia (especialização). CEFAC.

29 DUGONI, S.A. Comprehensive mixed dentition treatment. Am J Orthod Dentofacial Orthop, v.113, n.1, p.75-84, Jan. 1998.

30 TUNG, A.W.; KIYAK, H.A. Psychological influences on the timing of orthodontic treatment. Am J Orthod Dentofacial Orthop, v.113, n.1, p.29-39, Jan. 1998

31 WHITE, L. Early orthodontic intervention. Am J Orthod Dentofacial Orthop, v.113, n.1, p.24-8, Jan. 1998.

32 SILVA FILHO, O.G.; OKADA, H.; AIELLO, C.A. Ortodontia interceptiva: correção precoce de irregularidades na região ântero-superior. Ortodontia, v.31, n.2, p.113-21, maio/ago. 1998

33 BARONI, C.; FRANCHINI, A.; RIMONDINI, L. Survival of different types of space maintainers. Pediat. Dent., Chicago, v. 16, n.5, p.360 - 361, Sept/Oct. 1994

34 Oliveira, M. N. Placas de Hawley com tornos expansores. 2009 Trabalho de conclusão de curso (Técnico). São José do Rio Preto.

 


 




 

FICHAMENTO DE DESLECIA, DESGRÁFIA E DESCALCULIA

 


ESCOLA SUPERIOR PEDAGÓGICA DO BENGO-E.S.P.B

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

 

 

 

DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM

 

 

TEMA:

FICHAMENTO DE DESLECIA, DESGRÁFIA E DESCALCULIA

 

 


 

ESCOLA SUPERIOR PRDAGÓGICA DO BENGO E.S.P.B

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

 

 

 

 

 

 

DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM

 

 

TRABALHO APRESENTADO COMO RECURSO DE 2ª AVALIAÇÃO NA CADEIRA DE DIFICULDADEDE APRENDIZAGEM NO CURSO DE ENSINO DA PEDAGÓGIA INDUSTRIAL Nº 190648 SALA Nº 13 3ª ANO, PÓS-LABORAL

 

 

 

 


TEMA

DESCRIÇÃO

REFERÊNCIA

 

 

 

 

 

 

 

Dislexia

 

Antes de conceituarmos dislexia, recorreremos à etimologia da palavra e seu desmembramentode imediato temos a primeira noção básica do que vem a ser dislexia.

·         DIS = distúrbio; dificuldade.

·         LEXIA= leitura (do latim) e linguagem (do grego)

·         DISLEXIA= distúrbio da linguagem

O transtorno de leitura ou dislexia, foco principal desta pesquisa, se apresenta no aluno e é diagnosticada no final da fase de educação infantil e no 1º ano do Ensino Fundamental, o melhor prognóstico é aquele que acontece precocemente, no entanto na idade adulta também é realuzado diagnóstico e tratamento.

Há várias definições de dislexia, de acordo com British Psychological Society: a dislexia é evidente quando a leitura e/ou ortografia fluente e exata das palavras desenvolvem-se de modo incompleto ou com grande dificuldade. Mas essa é apenas uma de muitas tentativas para definir a condição.

De acordo com KEATES em seu livro sobre tecnologias de informação e comunicação (TIC) e dislexia: “No decorrer das pesquisas para este livro, tentei encontrar uma definição única e amplamente aceita de dislexia. Entretanto, depois de encontrar 28 definições diferentes sem sequer esgotar minha busca, eu desisti”. (KEATES. 2000, p.1).

De acordo com a British Dyslexia Association a dislexia é: Uma combinação de capacidades e dificuldades que afetam o processo de aprendizagem em uma ou mais das áreas de leitura, ortografia e escrita.

Uma das causas da dislexia, de acordo com os estudos efetuados pela Doutora Sally Shaywitz, neurocientista da Faculdade de Medicina da Universidade de Yale, que se apoiaram no uso da imagiologia por ressonância magnética (IRM) “as crianças com dislexia,quando executam tarefas do tipo intelectual, como, por exemplo, a leitura, parece apresentar uma atividade reduzida no gyrus angular.

De acordo com a Associação Nacional de Dislexia, AND, cerca de 10 a 15% da população mundial é considerada disléxica e diferentemente do que possa vir a ser pensado, a dislexia não é fruto de alfabetização, desatenção, desmotivação, preguiça, condição sócio-econômica ou baixa inteligência.

Segundo Maria Irene MALUF Pedagogia especialista em Educação Especial e em Psicogedagogia e presidente da Associação de Psicopedagogia, afirma que a característica fundamental da dislexia fixa-se na dificuldade de leitura. 

A dislexia é caracterizada fundamentalmente pela presença de grande dificuldade para a aquisição da leitura, geralmente acompanhada por idêntica problemática em relação à escrita, quando não existe atraso cognitivo, problema psicológico ou deficiência sensorial que justifique tal transtorno. 

 

CAPOVILLA, A. G. S. Dislexia do desenvolvimento: definição, intervenção e prevenção. Disponível em: http: //www. abpp. com.br/ artigos /59.htm

FARIA, L. N. Dislexia. Disponível em HTTP: // www.Dislexia de leitura. com.br/ artigos. php?codigo=38. Acesso em 20/07/2009

 

RESUMO - DISLEXIA

A Dislexia é um distúrbio da linguagem, leitura ou dislexia tem como foco o aluno e é diagnosticada no final da fase a educação infantil no 1º ano do ensino fundamental, no entanto, na idade adulta também é realizado, diagnostico e tratamento. 

KEATES em seu livro sobre tecnologias de informação (TIC) afirma ter várias definições e procura humanizar as definições de deslexia, no entanto depois de se deparar com 28 definições diferentes, decide criar a definição de sua autoria.

Segundo Bristsh Psyclological Society a dislexia é evidente quando a leitura ou a ortografia fluente e exacta das palavras desenvolverem-se de modo incerto e muitas dificuldades.

British ainda diz que a dislexia é a combinação de capacidade e dificuldades que afectam o processo de aprendizagem em uma ou outras áreas de leitura, ortografia e escrita.

As causas das dislexia de acordo com os estudo pela Doutora Sally Shaywitz, neurocientista da Faculdade de Medicina da Universidade de Yale, que se apoiaram no uso da imagiologia por ressonância magnética (IRM) “as crianças com deslexia executaram tarefas do intelecto, como exemplo a leitura.

Segundo Maria Irene MALUF, diz que a característica fundamental da dislexia e a dificuldade relacionada a leitura 

De acordo com a Associação Nacional de Dislexia, AND, cerca de 10 a 15% da população mundial é considerada disléxica e diferentemente do que possa vir a ser pensado, a dislexia não é fruto de alfabetização, desatenção (falta de atenção), falta de motivação, preguiça, condição socioeconómica ou baixa inteligência.

A dislexia é caracterizada e baseia-se na grande dificuldade e aquisição da leitura, identifica-se com problema relacionado a escrita quando não existe atraso cognitivo, problema psicológico ou dificuldade sensorial que justifique tal transtorno.  

 

 

TEMA

DESCRIÇÃO

REFERÊNCIA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Discalculia

A palavra Discalculia vem do grego (δισ, má) e do latim (calculare, contar), formando assim o “mal contar“. O termo foi citado por Garcia (1998) como Discalculia ou Discalculia do Desenvolvimento, e se caracteriza como uma desordem estrutural da maturação das capacidades matemáticas, sem manifestar, no entanto, uma desordem nas demais funções mentais generalizadas.

 

A Discalculia raramente é diagnosticada antes do final do terceiro ano, pois é necessário que tenha ocorrido suficiente instrução formal em matemática para que se possa identificar as dificuldades da criança.

 

A discalculia é causada por má formação neurológica que se manifesta como uma dificuldade no aprendizado dos números (MOREAS, 2015).

 

A discalculia é causada por má formação neurológica que se manifesta como uma dificuldade no aprendizado dos números (MASCARELHAS, 2015).

 

O termo discalculia é usado frequentemente ao consultar especificamente à inabilidade de executar operações matemáticas ou aritmética, mas é definido por alguns profissionais educacionais como uma inabilidade mais fundamental para conceitualizar números como um conceito abstrato de quantidades comparativas. (AUTOR DESCONHECIDO 2015).

 

Uma desordem neurológica específica que afeta a habilidade de uma pessoa de compreender e manipular números. Para ser classificada como discalculia não pode ser causada por problemas na visão e/ou audição.

 

O termo discalculia é usado frequentemente ao consultar especificamente à inabilidade de executar operações matemáticas ou aritméticas, mas é definido por alguns profissionais educacionais como uma inabilidade mais fundamental para conceitualizar números como um conceito abstrato de quantidades comparativas. (AUTOR DESCONHECIDO, 2015).

 

Oliveira (2014) aponta que a discalculia é verificada em torno de 3 a 6% das crianças, mas devido a sua heterogeneidade, a identificação e o diagnóstico são tardios e causam danos irreparáveis ao desenvolvimento sócio emocional da criança e do adolescente.

 

 

 

 

 

OLIVEIRA, Darlene. Discalculia do desenvolvimento. Curso em modalidade EAD – Ensino a Distância. Módulo V - Realizado em 2014.

 

 

 

BERNARDI, J.; STOBÄUS, C.D. Discalculia: conhecer para incluir. Disponível em: Acesso em 21 ago 2014.

 

 

RESUMO - DISCALCULIA

A palavra Discalculia vem do grego (δισ, má) e do latim (calculare, contar),

Formar assim o mal contar” o termo citado

Por Garcia, discalculia) do desenvolvimento, que e caracterizado por desordem estrutural da maturação das capacidades matemática, não manifestam com tudo a desordem, nas outras funções mentais e gerais.

A discalculia dificilmente é diagnosticada antes do fim dos 3 anos de idade, deve ocorrer suficiente instrução formal em matemática para que se possa identificar as dificuldades da criança.

A discalculia é resultado da má formação neurológica, vai provocando dificuldade em aprender tudo relacionado a números. (MORAES, 2015)

A desordem neurológica especifica ingere a habilidade da pessoa em compreender e manipular números, classifica a discalculia e não é causada por problemas na visão e nem na audição.

Segundo Oliveira (2014) aponta que discalculia verifica-se em torno de 3 á 6% de crianças devido sua heterogeneidade, a identificação e o diagnóstico tardio, causando danos irreversíveis no desenvolvimento sócio emocional do aluno.

O termo discalculia é de uso frequente na consulta e a falta de não ter habilidades de execução matemáticas aritméticas definida por alguns alguns profissionais, por não terem habilidades fundamentais contextualizar-se números algo abstratos de quantidades comparativas (2015).

 Mascarenhas  alia-se as afirmações do contexto de Moraes que diz as habilidades.

A discalculia é apresentada como dificuldade em aprender a matemática, possui características especificas que por meio de uma observação especializada é possível chegar a um diagnostico conciso e a uma intervenção pedagógica direcionada e especifica principalmente quando essas dificuldades são registada de forma precoce. 

 

 

TEMA

DESCRIÇÃO

REFERÊNCIA

 

 

 

 

 

 

 

 

Disgrafia

 

 

Etimologicamente, disortografia deriva dos conceitos “dis” (desvio) + “orto” (correto) + “grafia” (escrita), ou seja, é uma dificuldade manifestada por “um conjunto de erros da escrita que afetam a palavra, mas não o seu traçado ou grafia” (Vidal, 1989, cit. por Torres & Fernández, 2001, p. 76), pois uma criança disortográfica não é, forçosamente, disgráfica.

 

A disgrafia motora não afeta a simbolização da escrita, mas sim a forma das letras e a qualidade da escrita (Leão, 2004). Isto é, o individuo consegue ler, mas tem dificuldades na coordenação motora fina para escrever, ou seja, vê a figura gráfica, mas não consegue fazer os movimentos para escrever.

 

Torres e Fernandes (2001) referem que a disgrafia pode dever-se a fatores maturacionais, carateriais /emocionais e pedagógicos. As causas Maturativas são as que estão relacionadas com perturbações de lateralidade e de eficiência psicomotora (motricidade, equilíbrio). Geralmente a criança possui idade motora inferior à idade cronológica.

 

Pennington (1997), define Disgrafia como um transtorno específico dado no hemisfério direito na região occipitoparietal, também encontramos alguma dissociação da atividade cortical pré-frontal dos lobos frontais, relacionada com o ato de escrever, que pode não determinar este transtorno, porém pode agravar a sua aprendizagem.

 

De acordo com Sampaio (2009), há dois tipos de disgrafia: a disgrafia motora ou discaligrafia e a disgrafia perceptiva, que se caracterizam por:

 

Disgrafia Motora a criança consegue falar bem e ler bem, mas encontra dificuldades na coordenação motora fina, para escrever as letras, as palavras e os números, isto é, vê a figura gráfica, mas não consegue realizar os movimentos para escrevê-la.

 

Disgrafia preceptiva – a criança não consegue fazer relação entre os símbolos e as grafias que representam sons, palavras e frases. Possui características da dislexia, sendo que esta última está associada à leitura e a disgrafia, à escrita. 

 

Ainda segundo a autora “algumas crianças com disgrafia possuem, também, uma disortografia, amontoadas letras, para esconder os erros ortográficos. Mas não são todos digráficos que possuem disortografia, as quais não se encontram associadas a nenhum tipo de comprometimento intelectual. (Id. Ibid. P. 126)

 

 

 

 

 

 

 

CINEL, N. C. B. (2003). Disgrafia – Prováveis causas dos distúrbios e estratégias para a correção da escrita. Porto Alegre: Revista do Professor, 19 (74), 19-25.

 

 

 

CORREIA, L. M. (1999). Alunos com Necessidades Educativas Especiais nas Classes Regulares. Coleção Educação Especial. Porto: Porto Editora.

 

 

RESUMO - DISGRAFIA

A disgrafia é também chamada disortografia que é “dis” (desvio) + “orto” (grafia) escrita que também pode ser dificuldade manifestada por um conjunto de erros de escrita que interferem na palavra e não no seu traçado na grafia, a criança disortográfica não é forçosamente digráfica.

A disgrafia motora não interfere nos símbolos da escrita, mais na forma das letras e na qualidade de escrita (LEÃO, 2004) quer dizer o aluno lê mais com dificuldade de coordenação motora para a escrita, ou seja, vê a figura, grafia e não consegue desarticular.

Pennington (1997), define Disgrafia como um transtorno específico do hemisfério direito na região occipitoparietal, encontramos dissociação da atividade cortical pré-frontal dos lobos frontais, por outra essa disgrafia é a dissociação dos elementos do sistema nervoso central por isso pode piorar a sua aprendizagem.

Torres e Fernandes referem-se a disgrafia, deve-se à factores, maturidade e caracter/emoções e pedagógicos a maturidade de relacionar com perturbações de laterais e de eficiência psicomotora motricidade e esquelético. A criança possui idade motora inferior a idade cronológica.   

 

Segundo Sampaio (2009) há dois tipos de disgrafia motora:

 

·         A disgrafia motora na criança fala bem e lê, mais não consegue coordenar a psico-motora por ser fina, vê a figura a gravura mais não consegue realizar os movimentos para escreve-las.

·         A disgrafia percetiva a criança não consegue relacionar os símbolos e as grafias que representam os sons, palavras nem frases. Caracteriza-se como dislexia, uma que está última associa-se a leitura e a disgrafia.

Segundo autora, algumas crianças com disgrafia têm também uma disortografia, amontoada de letras de modo a esconder os erros ortógrafos. Mas nem todos dígrafos que tem disortografia, as quais não são associados e nem comprometerem nenhum intelecto.

 

 

A importância do tratamento preventivo e interceptativo em ortodontia

  A importância do tratamento preventivo e interceptativo em ortodontia Í NDICE 1. INTRODUÇÃO 2. OBJETIVO 3. REVISÃO DE LITERATURA 3.1 Class...